31 de jul. de 2013


Visitante em Embu-Guaçu

Cidade da região metropolitana de São Paulo, a 42 km da capital, emancipada em 1965, cujo nome significa em tupi “grande rio das cobras”, possui mais de 70 mil habitantes e uma cidade repleta de belos rios.

Na terça-feira, 30 de julho estive nesta cidade que considerei muito bonita com a aparência interiorana mesclada com ruas comerciais de centros periféricos da capital paulista. Lá estive por causa de um amigo especial que necessitava de um motorista e acompanhante em virtude de uma fratura em seu pé esquerdo que o impossibilitava de dirigir por largas horas e iria fechar um negócio no cartório da cidade.

Estacionei na Zona Azul da praça principal, a Ivan Braga de Oliveira onde se localiza o Fórum e o Centro Cultural 28 de Março. O mesmo complexo serve de fundo a um grande palco de eventos que conta com um pequeno e belo posto de informação da Secretaria da Cultura do município. Em frente à entrada lateral do Fórum está o Terminal Rodoviário de Embu-Guaçu, o principal da cidade.

Enquanto esperava meu querido amigo e para não incomodar as pessoas da casa que ele visitava antes de ir ao cartório, dirigi-me ao banheiro do Terminal. As dependências do banheiro masculino estavam horríveis e em péssimo estado de conservação, sem válvulas para a descarga e o chão muito sujo e molhado, uma verdadeira imundície. Havia um senhor que tentava manter o local limpo, mas naquelas condições era impossível.

Se o Terminal é uma concessão da Prefeitura a alguma empresa particular de ônibus, falta uma real fiscalização do local e da empresa, sendo necessária uma intervenção para que a preservação dos ambientes seja efetiva, por outro lado, se é local gerenciado por uma secretaria municipal, é preciso tomar sérias providências naquele lugar que é parte integrante da região central e visitada da cidade.

Qualquer que seja a situação, o local é mantido com recursos públicos e presta um enorme desserviço à população que se utiliza do Terminal e paga em várias instâncias impostos que deveriam ser revertidos para seu conforto. Mesmo que se diga que algumas pessoas é quem depredam e inutilizam o lugar, isso não é verdadeiro da maioria do povo que não faria tal coisa com o bem público.

Muitos problemas de destruição do patrimônio são resolvidos facilmente com a contratação ou criação de uma Guarda Municipal que, alocada diariamente nos pontos principais, como o Terminal, manteria terminantemente seguros e invioláveis os próprios ambientes públicos, além de auxiliar o trabalho da Polícia Militar, atendendo pequenas infrações e delitos.

Como visitante contribui com o comércio local, comprei na feira e contribui até com o município, pagando por duas vezes a Zona Azul, portanto, não me senti bem recepcionado pelas autoridades da cidade enquanto da manutenção da limpeza de um local público e certamente a sua população não se sente em nada bem tratada nesta questão dos banheiros do Terminal Rodoviário.

Prefeito e autoridades municipais de Embu-Guaçu, sei que não é preciso um visitante apontar uma “simples” falha da gestão de uma secretaria. Creio que vocês recebem reclamações diárias do povo e procuram sanar os problemas que chegam aos senhores pelos canais que são disponíveis à sociedade, mas não prestar atenção a um banheiro público dessa dimensão, porque talvez sirva apenas aos mais pobres e os ricos da cidade não lhes dizem nada, por não usarem esse sistema, não é muito inteligente.

Sem desejar criar problemas à vossa gestão, sugiro que investiguem o caso e efetivem soluções para os que usam do Terminal possam expressar o quanto a sua Prefeitura de fato se importa com eles e que, na contrapartida de seus impostos, ela responde com melhorias para todos, inclusive para os que não possuem carros ou para os que não dispõem de muitos recursos.

Carlos Carvalho