Visitante em Embu-Guaçu
Cidade da região metropolitana de
São Paulo, a 42 km da capital, emancipada em 1965, cujo nome significa em tupi “grande
rio das cobras”, possui mais de 70 mil habitantes e uma cidade repleta de belos
rios.
Na terça-feira, 30 de julho
estive nesta cidade que considerei muito bonita com a aparência interiorana
mesclada com ruas comerciais de centros periféricos da capital paulista. Lá
estive por causa de um amigo especial que necessitava de um motorista e
acompanhante em virtude de uma fratura em seu pé esquerdo que o impossibilitava
de dirigir por largas horas e iria fechar um negócio no cartório da cidade.
Estacionei na Zona Azul da praça principal,
a Ivan Braga de Oliveira onde se localiza o Fórum e o Centro Cultural 28 de
Março. O mesmo complexo serve de fundo a um grande palco de eventos que conta
com um pequeno e belo posto de informação da Secretaria da Cultura do
município. Em frente à entrada lateral do Fórum está o Terminal Rodoviário de
Embu-Guaçu, o principal da cidade.
Enquanto esperava meu querido
amigo e para não incomodar as pessoas da casa que ele visitava antes de ir ao
cartório, dirigi-me ao banheiro do Terminal. As dependências do banheiro
masculino estavam horríveis e em péssimo estado de conservação, sem válvulas
para a descarga e o chão muito sujo e molhado, uma verdadeira imundície. Havia um
senhor que tentava manter o local limpo, mas naquelas condições era impossível.
Se o Terminal é uma concessão da
Prefeitura a alguma empresa particular de ônibus, falta uma real fiscalização
do local e da empresa, sendo necessária uma intervenção para que a preservação
dos ambientes seja efetiva, por outro lado, se é local gerenciado por uma
secretaria municipal, é preciso tomar sérias providências naquele lugar que é
parte integrante da região central e visitada da cidade.
Qualquer que seja a situação, o
local é mantido com recursos públicos e presta um enorme desserviço à população
que se utiliza do Terminal e paga em várias instâncias impostos que deveriam
ser revertidos para seu conforto. Mesmo que se diga que algumas pessoas é quem
depredam e inutilizam o lugar, isso não é verdadeiro da maioria do povo que não
faria tal coisa com o bem público.
Muitos problemas de destruição do
patrimônio são resolvidos facilmente com a contratação ou criação de uma Guarda
Municipal que, alocada diariamente nos pontos principais, como o Terminal,
manteria terminantemente seguros e invioláveis os próprios ambientes públicos,
além de auxiliar o trabalho da Polícia Militar, atendendo pequenas infrações e
delitos.
Como visitante contribui com o
comércio local, comprei na feira e contribui até com o município, pagando por
duas vezes a Zona Azul, portanto, não me senti bem recepcionado pelas
autoridades da cidade enquanto da manutenção da limpeza de um local público e
certamente a sua população não se sente em nada bem tratada nesta questão dos
banheiros do Terminal Rodoviário.
Prefeito e autoridades municipais
de Embu-Guaçu, sei que não é preciso um visitante apontar uma “simples” falha
da gestão de uma secretaria. Creio que vocês recebem reclamações diárias do
povo e procuram sanar os problemas que chegam aos senhores pelos canais que são
disponíveis à sociedade, mas não prestar atenção a um banheiro público dessa
dimensão, porque talvez sirva apenas aos mais pobres e os ricos da cidade não
lhes dizem nada, por não usarem esse sistema, não é muito inteligente.
Sem desejar criar problemas à
vossa gestão, sugiro que investiguem o caso e efetivem soluções para os que
usam do Terminal possam expressar o quanto a sua Prefeitura de fato se importa
com eles e que, na contrapartida de seus impostos, ela responde com melhorias
para todos, inclusive para os que não possuem carros ou para os que não dispõem
de muitos recursos.
Carlos Carvalho