Anotações sobre “Modernidade
Reflexiva”
Não apenas as ideias de
Giddens[1]
nos mostram um mundo em convulsão, mas todos os autores dessa linha de
pensamento asseveram o mesmo: que ao final da modernidade, é comum fazer
reflexões sobre o final dela. Todas as sensações emocionais descritas como:
desesperança, confusão, incertezas e desilusões de um mundo melhor prometido
que não aconteceu, envolvem a mente de todos.
A ciência e a tecnologia
desenvolveram, alcançaram patamares surpreendentes, todavia a prosperidade
social não aconteceu e o ser humano na busca de sua felicidade, pelas promessas
dos avanços científicos, ainda não logrou êxito em achar o “caminho da
felicidade”. Agora este homem
desconstrói diariamente seu mundo e seus conceitos, na tentativa de encontrar
significado após não tê-lo reconhecido no próprio mundo.
Vitima de suas contradições, o
ser humano transita entre dois mundos: o moderno que se vai e o pós-moderno que
ele não sabe se está. Se a pós-modernidade é o novo, o homem se debate e se
revolve entre os lençóis do velho mundo moderno, procurando vestes de cama
nova, onde possa se deitar. Nisto, encontramos a máxima antiga: “remendo velho em
pano novo”, onde a presença de uma coisa nova, que não se sabe bem o que é, faz
frente e resistência ao antigo.
“Admirável mundo novo”, sempre
velho, presente, confuso e indesejável. Como diria o comediante mexicano no
papel de “Chapolin Colorado”[2]:
“Quem poderá nos ajudar?”.
Carlos Carvalho
Walckiria Alexandre
Ricardo Carriço
[1] Anthony Giddens é sociólogo
britânico, (1938-). Reflexões a partir do artigo de Maria da Silva: As Inquietações da Modernidade. Pode ser encontrado disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/37/40
[2] El Chapulín Colorado (intitulado Chapolin no Brasil) é uma série de
televisão mexicana do gênero comédia. Criado e interpretado pelo ator e
escritor Roberto Gómez Bolaños nos anos 70.