31 de dez. de 2013


As Previsões Astrológicas que não aparecem nos “signos” dos crédulos

Além de ser fato (nem é preciso dizer cientificamente comprovado) que os astros não governam as nossas vidas e que as chamadas previsões astrológicas não passam de conselhos superficiais com a finalidade de ludibriar e entorpecer as mentes de quem almeja direção para si, há aquilo sobre o qual essas mesmas previsões não possuem controle ou não podem mencionar, pois se assim o fizessem, deixariam de ser rentáveis aos seus “profissionais”: a verdade concreta da vida humana.

Fiz um pequeno teste em um dos muitos sites sobre o tema. Li todas as previsões de todos os signos dos últimos dias e dos próximos até o final do ano (2013), e qual o resultado? As previsões são as mesmas para os signos, invertendo as palavras em certos dias e alterando outras por palavras sinônimas. Todos os signos têm basicamente os mesmos conselhos superficiais, as pessoas não notam isso porque leem somente o correspondente ao seu signo.

Paralelamente a isso não há sequer qualquer menção aos graves problemas da vida e tampouco nenhum deles se arrisca a predizer fracassos, derrotas ou realidades avassaladores sobre a vida de ninguém, como a possível morte por um diagnóstico de câncer ou uma doença terminal. Quero relatar algumas coisas das quais o “horóscopo” das pessoas nada dizem ou avisam para que essas mesmas pessoas guiadas por esses “astros” pudessem alterar sua vida ou preservá-las de algo realmente ruim ou catastrófico.

Os tais astros não avisam quando um casamento vai terminar por causa de violência, de ódio, de abusos ou por traições que o outro possa cometer, ao contrário, sucessivas vezes esses astros dizem que “um antigo amor” está de volta, sem se preocupar com as consequências que algo assim pode gerar numa relação. Não podem dizer se a pessoa que diz nos amar vai realmente estar ao nosso lado por toda a vida.

Os astros não avisam quando uma pessoa vai morrer de bala perdida, de acidente automobilístico, em uma viagem de férias ou de negócios, de acidente aéreo, por ser vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), por estar em um lugar errado como na beira de uma praia de férias na manhã de um tsunami, se vai morrer por afogamento, por deslize de terra após chuvas torrenciais, nem sequer por usar drogas, beber ou fumar demais.

Os astros não sabem dizer se a pessoa vai perder os pais, o emprego, nem quando haverá colapso no sistema financeiro global, a quebra de seu banco onde estão depositadas todas as suas economias, se a pessoa concluirá seus estudos, sua faculdade, se encontrará o emprego sonhado, se abrirá sua almejada empresa e se esta continuará existindo por mais de 5 anos, se de fato a pessoa alcançará os seus sonhos na vida ou se seu casamento vai durar por mais alguns anos.

Tenha mais um parágrafo de paciência. Os astros não podem dizer se você terá Alzheimer, de terá câncer de mama ou de próstata, se algum de seus filhos nascerá com leucemia, se contrairá qualquer dos vírus mortais que existem, não podem lhe dizer se a pessoa com quem você teve relação na noite anterior não lhe infectou com AIDS ou outra DST, se quem disse que você é sua vida, não lhe preparou veneno no almoço ou se você e sua esposa dormindo serão assassinados por sua filha e de seu namorado.

Se eles soubessem de tudo isso nós seríamos as pessoas mais felizes do universo, pois desfrutaríamos de um sistema preventivo maravilhoso que apenas não poderia impedir o dia concreto de nossa morte, mas todas as outras coisas que nos perturbam a vida seriam eliminadas uma após outra ao passar do tempo. Isso sim é digno de um tipo de organismo que pode realmente controlar ou guiar seguramente as nossas vidas. Mas o fato é que a vida não é assim e não é controlada ou influenciada pelos astros.

Viver é mais do que aquilo que os “astros” podem nos oferecer. Viver é uma experiência que está além de falsas influências e de conselhos generalizados. Viver é mais complexo do que a simplicidade das palavras vazias e frágeis que a astrologia tem para nos dizer. A vida é mais séria, mais concreta, mais dura e pode ser mais feliz do que as fracas esperanças astrológicas diárias nos indicam. Portanto, os “astros” segundo a astrologia não servem para serem os guias de nossa existência e para nos aconselhar sobre a vida.

Cansaste-te na multidão das tuas consultas; levantem-se pois agora os que dissecam os céus, os que contemplavam os astros, os que em cada lua nova predizem e salvem-te do que há de vir sobre ti.
Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder das chamas; não haverá brasas, para se aquentar, nem fogo para se assentar junto dele.
Assim serão para contigo aqueles com quem trabalhaste, os teus negociantes desde a tua mocidade; cada qual irá vagueando pelo seu caminho; ninguém te salvará.
Isaías 47.13-15


Carlos Carvalho
24 de dezembro de 2013