As Previsões
Astrológicas que não aparecem nos “signos” dos crédulos
Além de ser
fato (nem é preciso dizer cientificamente comprovado) que os astros não
governam as nossas vidas e que as chamadas previsões astrológicas não passam de
conselhos superficiais com a finalidade de ludibriar e entorpecer as mentes de
quem almeja direção para si, há aquilo sobre o qual essas mesmas previsões não
possuem controle ou não podem mencionar, pois se assim o fizessem, deixariam de
ser rentáveis aos seus “profissionais”: a verdade concreta da vida humana.
Fiz um pequeno
teste em um dos muitos sites sobre o tema. Li todas as previsões de todos os
signos dos últimos dias e dos próximos até o final do ano (2013), e qual o
resultado? As previsões são as mesmas para os signos, invertendo as palavras em
certos dias e alterando outras por palavras sinônimas. Todos os signos têm
basicamente os mesmos conselhos superficiais, as pessoas não notam isso porque
leem somente o correspondente ao seu signo.
Paralelamente
a isso não há sequer qualquer menção aos graves problemas da vida e tampouco
nenhum deles se arrisca a predizer fracassos, derrotas ou realidades
avassaladores sobre a vida de ninguém, como a possível morte por um diagnóstico
de câncer ou uma doença terminal. Quero relatar algumas coisas das quais o
“horóscopo” das pessoas nada dizem ou avisam para que essas mesmas pessoas
guiadas por esses “astros” pudessem alterar sua vida ou preservá-las de algo
realmente ruim ou catastrófico.
Os tais astros
não avisam quando um casamento vai terminar por causa de violência, de ódio, de
abusos ou por traições que o outro possa cometer, ao contrário, sucessivas
vezes esses astros dizem que “um antigo amor” está de volta, sem se preocupar
com as consequências que algo assim pode gerar numa relação. Não podem dizer se
a pessoa que diz nos amar vai realmente estar ao nosso lado por toda a vida.
Os astros não
avisam quando uma pessoa vai morrer de bala perdida, de acidente
automobilístico, em uma viagem de férias ou de negócios, de acidente aéreo, por
ser vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), por estar em um lugar errado
como na beira de uma praia de férias na manhã de um tsunami, se vai morrer por afogamento,
por deslize de terra após chuvas torrenciais, nem sequer por usar drogas, beber
ou fumar demais.
Os astros não
sabem dizer se a pessoa vai perder os pais, o emprego, nem quando haverá
colapso no sistema financeiro global, a quebra de seu banco onde estão
depositadas todas as suas economias, se a pessoa concluirá seus estudos, sua
faculdade, se encontrará o emprego sonhado, se abrirá sua almejada empresa e se
esta continuará existindo por mais de 5 anos, se de fato a pessoa alcançará os
seus sonhos na vida ou se seu casamento vai durar por mais alguns anos.
Tenha mais um
parágrafo de paciência. Os astros não podem dizer se você terá Alzheimer, de
terá câncer de mama ou de próstata, se algum de seus filhos nascerá com
leucemia, se contrairá qualquer dos vírus mortais que existem, não podem lhe
dizer se a pessoa com quem você teve relação na noite anterior não lhe infectou
com AIDS ou outra DST, se quem disse que você é sua vida, não lhe preparou
veneno no almoço ou se você e sua esposa dormindo serão assassinados por sua
filha e de seu namorado.
Se eles
soubessem de tudo isso nós seríamos as pessoas mais felizes do universo, pois
desfrutaríamos de um sistema preventivo maravilhoso que apenas não poderia
impedir o dia concreto de nossa morte, mas todas as outras coisas que nos
perturbam a vida seriam eliminadas uma após outra ao passar do tempo. Isso sim
é digno de um tipo de organismo que pode realmente controlar ou guiar
seguramente as nossas vidas. Mas o fato é que a vida não é assim e não é
controlada ou influenciada pelos astros.
Viver é mais
do que aquilo que os “astros” podem nos oferecer. Viver é uma experiência que
está além de falsas influências e de conselhos generalizados. Viver é mais
complexo do que a simplicidade das palavras vazias e frágeis que a astrologia
tem para nos dizer. A vida é mais séria, mais concreta, mais dura e pode ser
mais feliz do que as fracas esperanças astrológicas diárias nos indicam.
Portanto, os “astros” segundo a astrologia não servem para serem os guias de
nossa existência e para nos aconselhar sobre a vida.
Cansaste-te na multidão das tuas
consultas; levantem-se pois agora os que dissecam os céus, os que contemplavam
os astros, os que em cada lua nova predizem e salvem-te do que há de vir sobre
ti.
Eis que serão como a pragana, o fogo
os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder das chamas; não haverá
brasas, para se aquentar, nem fogo para se assentar junto dele.
Assim serão para contigo aqueles com
quem trabalhaste, os teus negociantes desde a tua mocidade; cada qual irá
vagueando pelo seu caminho; ninguém te salvará.
Isaías 47.13-15
Carlos Carvalho
24 de dezembro de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário