3 de jul. de 2013

Votação do Projeto de Lei 200/2012


Votação do Projeto de Lei 200/2012

São pouco mais das 19h30m da noite de quarta deste dia 3 de julho e assisto pela TV Câmara a votação deste projeto de lei que segundo os que são favoráveis à sua extinção, é uma cobrança provisória, criada apenas para compensar o desequilíbrio econômico que incidiu sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) provocado por políticas governamentais em anos passados.

Empresários de diversos setores estavam presentes nas galerias da Câmara dos Deputados para pressionar os parlamentares a votarem a favorável ao PL 200/2012, que acaba com a contribuição adicional por parte do empregador de 10% sobre o valor de FGTS, em caso de demissão sem justa causa. A cobrança adicional foi criada em 2001 para compensar as perdas dos correntistas do FGTS com os planos Collor (1999), e Verão (1989).

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o rombo de R$ 42 milhões teria sido quitado em 2012, sendo que a Caixa Econômica Federal já havia sinalizado em 2010 que essa compensação fora feita. Isto justificaria a extinção da cobrança, mas ela, que foi criada para ser provisória, ainda segue mantida.

De acordo também com a CNI, o custo anual dessa contribuição chega a R$ 3 bilhões, e em agosto do ano passado o Senado aprovou o PL 200/2012, que hoje foi votado na Câmara. Em meio há muitas defesas da bancada do Governo, declarando que essa contribuição é importante para projetos como o Minha Casa, Minha Vida e para coibir as demissões de trabalhadores, essas falas não convenceram os deputados.

Todo empregador paga mensalmente uma alíquota de 8% de FGTS sobre o salário bruto do funcionário. Quando acontece uma demissão sem justa causa, o patrão é obrigado a pagar uma multa de 50% sobre o valor total que ele pagou de FGTS por esse funcionário durante o tempo de contrato. Desse valor, 40% vão para o funcionário demitido e 10% ao Governo.

A votação terminou com 315 votos pela extinção, 95 por mantê-la e uma abstenção. Segue agora para sanção presidencial. Sabemos que o Governo deseja a manutenção dessa cobrança e a Presidente é favorável à mesma, mas esperamos que o desejo da maioria não seja desrespeitado neste momento.

Esse anseio, que não é apenas de empregadores, mas da própria sociedade, que já está farta de bancar a corrupção e os desmandos com o dinheiro público, foi revelado nesta votação representativa do próprio povo, enquanto representado nos votos de seus parlamentares. Desejamos que a Presidente assine com a maioria, pois isto é Democracia.


Carlos Carvalho

As Teorias sobre o Homem e suas consequências

As Teorias sobre o Homem e suas consequências

Se apresentarmos o homem com um conceito do homem que não é verdadeiro, poderemos corrompê-lo. Quando o apresentamos como uma automação de reflexos, como uma máquina mental, como um feixe de instintos, como um joguete de impulsos e reações, como mero produto da hereditariedade e do ambiente, fomentamos o niilismo (a descrença em todos os valores sociais estabelecidos) ao qual o homem moderno que qualquer forma é propenso.

Conheci bem o último estágio da corrupção em meu segundo campo de concentração, Auschwitz. As câmaras de gás de Auschwitz foram a última consequência da teoria de que o homem nada é, senão produto da hereditariedade e do ambiente – ou como os nazistas gostavam de dizer, “de sangue e pó”.

Estou absolutamente convencido de que as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Maidanek em última análise foram preparadas não por um ou outro ministério de Berlim, mas, antes, nas escrivaninhas e nas leituras dos cientistas e filósofos niilistas.

Victor Frankl (1905-1997)

“O médico e a alma: Introdução à Logoterapia”.


Médico Psiquiatra austríaco, Escritor e Doutor em Filosofia, Professor de Neurologia e fundador da Logoterapia.