INVERSA Sociologia
28 de dez. de 2019
Carlos Carvalho: RETORNAR ao básico é preciso!
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27 de dez. de 2019
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16 de dez. de 2019
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2 de dez. de 2019
26 de nov. de 2019
UM ESTUDO DE CASOS (quase fictícios)
ESTUDO DE CASO quase fictício
Imagine um caso:
Uma criança que nasceu em situação de grande pobreza, cujos
pais não puderam lhe prover coisas boas, nem com roupas, sapatos, festinhas de
aniversário, brinquedos ou aparelhos eletrônicos. Ela cresce em meio a um mundo
consumista, que faz propaganda insana de seus produtos e promete uma vida
excelente. Esta criança fica exposta a isso todos os dias durante seu
desenvolvimento.
Vai à escola e diariamente vê alguns de seus amigos e
colegas desfrutarem de muitas das coisas que ela gostaria de ter, mas seus pais
não prosperaram a ponto de lhe oferecer. Cresce sabendo que, com todos os
esforços possíveis, seus pais lhe amam e desejam um dia que ela também desfrute
do que há de “bom” nas coisas deste mundo, porém, sem sucesso. Chega a fase da
adolescência, ela entende as dificuldades de sua família, mas tem fortes
desejos de ser “igual” aos outros.
Numa oportunidade excepcional, se vê diante de um celular
bonito, chamativo e com aplicativos maravilhosos. É tudo que ela quer naquele
momento. Olha para os lados, percebe a possibilidade de não ser pega em
flagrante, e, num relance inimaginável até ali, furta o aparelho. O esconde por
um tempo, não vendo mais o perigo passa a usá-lo, mente aos pais que foi um
presente de alguém que gosta dela e a vida segue. Cometeu o crime de furto,
motivado pelo anseio de possuir e de ser “igual” a todo mundo. Um dia as
consequências virão, mas por enquanto...
Na mesma rua, outra criança, basicamente com a mesma
história, nasce e cresce no mesmo ambiente e com os mesmos anseios. Na escola,
já na adolescência, por conta de amizades complicadas, é impulsionada a roubar
um celular de uma jovem. A adrenalina do momento, a forte excitação provocada
pelo ato, e a posterior sensação de impunibilidade, mesmo sem saber ao certo o
que todas essas emoções lhe dizem, a fazem sentir-se poderosa.
Os dias passam, as amizades complicadas se avolumam, decide
deixar a escola, pois o ambiente de estudos e disciplina já não a atraem e as
pessoas ali, não apoiam sua nova jornada de vida. Compra ou empresta uma arma,
passa a realizar roubos quase diários, sendo capturada pela polícia, passando
por Instituições de correção de menor várias vezes durante a adolescência e
início da fase adulta. O poder de usar uma arma e de coagir alguém a lhe dar o
que quer por força e violência torna-se uma droga viciante que ativa
diariamente sua mente.
Escolheu o crime. Decidiu pela vida de bandido. Escolheu
novos amigos que, no máximo, morrerão juntos de maneira violenta. Passou a gostar
da emoção e adrenalina do perigo e da vida de fora da lei. Nunca mais estudará;
não mais lerá um livro sequer; não desfrutará da vida em sociedade e com bons
amigos; não viajará em férias com amigos ou família; verá o mundo na ótica da
criminalidade, do funk e da noite. Tornou-se um ser da escuridão e do submundo.
Alguém que vive com medo e apenas aprendeu a impor medo nos outros. Um pobre
bandido, que passa a figurar como número e índice de pesquisas sobre a
violência urbana.
Porque escrevi isso? Para fazer somente algumas perguntas a
você e à sua consciência de alguém que é coerente e que sabe observar o mundo
ao seu redor: QUAL DOS DOIS TIPOS DE PESSOAS você considera que é o mais comum
hoje? O primeiro ou o segundo? Qual dos dois tipos você acredita realmente que
superlotam as nossas cadeias e presídios? Como resolver essas situações sem
atingir o cerne da questão? Como alcançar uma sociedade mais justa quando
apenas abordamos os casos superficialmente? Existem passos a serem dados? Quais
são eles?
O primeiro é de fato saber e conhecer o problema e sua
causa, para depois pensarmos na aplicação de soluções concretas que atendam aos
reais problemas que acontecem na sociedade como um todo. Falar genericamente
sobre eles, apresentar números e índices, desconsiderar todos os dados ou criar
apenas alardes e gritaria, não trarão os benefícios que todos almejamos. Um
passo de cada vez. Porém, os primeiros, precisam ser profundos.
Carlos Carvalho
22 de novembro de 2019
8 de nov. de 2019
UM DIA ESTRANHO E ODIOSO NO BRASIL
UM DIA ESTRANHO E ODIOSO NO BRASIL
8 de novembro de 2019. Menos de 24 horas da decisão do STF
sobre a não permissão da prisão em segunda instância, vários pedidos de soltura
e algumas solturas já estavam em curso. Ao contrário do que disse o
Excelentíssimo Senhor Ministro Dias Toffoli, presos no escândalo do Mensalão
também serão soltos. É um enorme tapa na face dos brasileiros decentes e
honestos que rejeitaram ser enganados pelo falso discurso de Democracia
esquerdista, mas que esconde um projeto de poder e de controle social
comunista.
Estamos aguardando a reação concreta de nosso Congresso
Nacional, nas suas duas casas, Câmara e Senado, na esperança de percebermos um
rumo diferente nesta questão, pois, diferente dos Ministros do STF, nós votamos
e elegemos os Senadores e Deputados Federais com o objetivo de mudar o modus
operandi da política brasileira. Os próximos dias e meses serão decisivos e
essenciais para termos a certeza de que colocamos no Congresso gente de bem,
honesta e decente, e que realmente deseja que nosso país seja melhor em todos
os níveis e áreas, inclusive na moral e na ética.
Vale a pena lembrar, que nenhum dos presos de colarinho
branco, dos corruptos, dos ladrões dos cofres públicos, dos operadores e
tesoureiros do dinheiro roubado, dos propineiros, dos empresários e bilionários
condenados são inocentes. TODOS SE TORNARAM BANDIDOS E CRIMINOSOS CONDENADOS por
vontade própria e nem o STF poderá mudar essa condição. Não esperamos que as
pessoas sejam perfeitas, mas desejamos que cada um de nós procure ser o mais
honesto, decente, ético e moral possível, a fim de que essa marca maldita da
corrupção seja eliminada no Brasil, no grau máximo que pudermos alcançar. Permitam-me
citar algumas palavras para finalizar:
“[...] tudo nos está mostrando que
a consciência brasileira desperta, que a consciência brasileira está viva, que
a consciência brasileira se reergue, que a consciência brasileira não se acha
mais disposta a sofrer os coices das brutalidades, imbecilidades e ferocidades
que convertem as repúblicas bastardas em esponjadoiros de instintos adjetos,
costumes descarados e paixões vergonhosas.
Povo brasileiro! Reclamai, e vos
escutarão; exigi, e tereis; ordenai, e sereis obedecidos; sabei querer, e tudo
vos cedera. Uma nação não se deve recear senão de sua própria inconsciência, da
sua própria relaxação, da sua própria cobardia. [...]. Sois o povo. Sois a
nação. Sois o Brasil. Ante a vossa vontade, ante a vossa autoridade, ante a
vossa majestade, mandões, facções, minhocões não valem nada. Soprai, e vereis
como rebentam as bolhas de sabão. [...]. é todo o vosso patrimônio moral que se
foi. Fazei questão da sua posse. Empreendei a sua reconquista. Ponde a vida e a
morte na sua consolidação definitiva.”
Rui Barbosa
O
dever do povo
“[...] a finalidade, portanto, não
é outra coisa senão impedir o réu a causar novos danos a seus cidadãos e demover
os demais a causar outros semelhantes.”
Cesare
Beccaria
Finalidades
das penas
Carlos Carvalho
Teólogo, Cientista Social, Escritor, Blogueiro e Ciberjornalista.
O STF e a prisão em segunda Instância
Maioria do STF diz que
prisão em 2ª instância agora não pode mais (de novo!)
STF, dia 7 de novembro de 2019. Muitas foram as defesas em
prol de que o criminoso de colarinho branco não deva ser preso após Tribunal de
Segunda Instância decretar sua prisão, e apenas após a sentença do trânsito em
julgado, ou seja, depois de todos os recursos serem esgotados. É bom que se diga
que os que cometem os crimes de colarinho branco (corrupção, lavagem de
dinheiro e etc.), independentemente de serem presos em segunda instância ou
não, continuam sendo criminosos e ponto final.
Outra coisa estranhíssima foi, ao final do julgamento, serem
mencionados os homicídios como crimes mais graves (e são com toda certeza!),
que afetam os pobres e também as prisões que sequer têm sentença de qualquer
instância, e, novamente com os pobres em voga. Parece um tremendo contrassenso
se afirmar coisas como essas lidando com questões sociais. É bom que se diga (e
com coragem) que em nosso país os ricos não estão assassinando os pobres; são
os pobres quem matam os pobres, com raras exceções no primeiro caso.
Igualmente sério é desconsiderar que os crimes de colarinho
branco não são tão graves quanto os homicídios ou que não levam à morte pessoas
no Brasil. Quando a corrupção rouba descaradamente e destrói o erário público,
e, portanto, o dinheiro não chega nas instituições que assistem à população com
os serviços básicos, como saúde, segurança, previdência e outros, as pessoas
também morrem sem o atendimento que deveriam ter se os recursos estivessem
disponíveis. A corrupção mata e mata muito, só que algum Ministro do STF
esqueceu de mencionar.
Vimos mais uma vez a tal da incerteza jurídica brincar com o
nosso sistema. Isso porque em menos de três anos, o Supremo mudou o
entendimento sobre essa questão. Daqui a um ou dois anos novamente, haverá mais
dois Ministros novos, e o que nos espera? Uma nova disposição ou decisão? Até
quando ficaremos à mercê de posicionamentos políticos do STF em detrimento da vontade
popular, da Ética e da Moral? A Constituição não é um fim em si mesma e eles
são os guardiães dela, mas ela foi criada para o povo e do povo ela emana...
“Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”.
Artigo
primeiro, Parágrafo Único
Constituição
Brasileira de 1998
Carlos Carvalho
7 de novembro de 2019
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