1 de fev. de 2014


O SUICÍDIO – Um problema que permanece

O suicídio tem sido um problema sério nos últimos anos, principalmente no Brasil, onde registrou um aumento alarmante, isso porque nosso país não possui uma “cultura” de suicídio como em outras nações. Durante a história humana até os nossos dias o suicídio foi e é tratado basicamente de três maneiras em sua cosmovisão social: glorificado como ato heroico e libertário, como uma fuga existencial e, mais recentemente como uma doença psiquiátrica.

É uma das primeiras causas de morte em homens jovens nos países desenvolvidos e emergentes. Mata 26 brasileiros por dia. No Brasil, a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou pelo menos 30% nos últimos 25 anos. Veja o quadro abaixo:

  
É importante notar que algumas causas principais já foram apontadas até aqui pelo estudo ou observação dos casos. As pessoas podem tentar ou cometer suicídio por diversos motivos, entre eles estão:
·         Numa tentativa de se livrarem de uma situação de extrema aflição, para a qual acham que não há solução.
·         Por estarem num estado psicótico, isto é, fora da realidade.
·         Por se acharem perseguidas, sem alternativa de fuga.
·         Por se acharem deprimidas, achando que a vida não vale a pena.
·         Por terem uma doença física incurável e se acharem desesperançados com sua situação.
·         Por serem portadores de um transtorno de personalidade e atentarem contra a vida num impulso de raiva ou para chamar a atenção.

Existem também até o momento certos indicadores de risco, mesmo que, de forma geral, o suicídio não pode ser previsto. Eis alguns deles:
·         Tentativa anterior ou fantasias de suicídio.
·         Disponibilidade de meios para o suicídio.
·         Ideias de suicídio abertamente faladas.
·         Preparação de um testamento.
·         Luto pela perda de alguém próximo.
·         História de suicídio na família.
·         Pessimismo ou falta de esperança, entre outras.

Pessoas que apresentem tais indicadores devem ser observadas mais atentamente. Entretanto não se pode ter certeza alguma a respeito, pois a ideia de morrer pode mudar na mente da pessoa, de um momento para outro.

Para Émile Durkheim (1858-1917), considerado o pai da Sociologia moderna, que estudou os casos de suicídio na Europa no período que compreendeu os dados disponíveis entre 1841 a 1890 aproximadamente, as sociedades doméstica, religiosa e política são fortemente integradas em suas estruturas. Essa integração dá sentido à vida do indivíduo nas sociedades. Quando esta sociedade perde a capacidade de dar a essa pessoa esse sentido, então ela se vê desamparada moralmente e se inicia o processo de desintegração social. O suicídio acontece, então, porque a pessoa não está mais conectada aos laços sociais.

Em todos os casos de estudados até o momento, tudo parece indicar que o suicídio corresponde, exceto nos casos de grave doença mental, uma imposição brutal de fatores sociais que impelem os indivíduos a cometerem o ato. Então, o suicídio é, nestes casos, causado por fatores externos, mas profundamente arraigados no emocional da pessoa progressivamente à medida que esses desconstrutores do sentido da vida vão agindo em seu interior.

Embora devamos levar em consideração os causadores principais do suicídio nos três aspectos principais, o ato heroico (dar a vida por causa de outrem), a doença mental ou a fuga, neste último caso, a decisão de dar cabo à própria vida é um ato de desespero tão grande e de rompimento com a realidade que é entristecedor ver que essa cruel realidade ainda acontece. Foi Jesus quem nos ensinou sobre o valor da vida sobre todas as outras coisas:

A vida é mais importante do que a comida, e o corpo, mais do que as roupas.
Lucas 12:23 (NVI)

Carlos Carvalho

Referências:

Taxa de suicídio entre jovens cresce 30% em 25 anos no Brasil. Folha de São Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/06/1292216-para-cineasta-que-fez-filme-sobre-suicidio-da-irma-desinformacao-leva-a-tragedia.shtml
Taxa de suicídio no mundo. UNESP 2010. Pdf. http://www.unesp.br/aci_ses/revista_unespciencia/acervo/13/com-saida.

Suicídio. ABC da Saúde. http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?401#ixzz2q2onrrdQ

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